27 de novembro de 2014

Ectoparasitas:Piolhos e lêndeas/Doença:Pediculose

Meninas que tem muito piolho , durante anos podem estar participando de uma doença chamada de PEDICULOSE  , Ectoparasita que a escola sempre nos trás:








Oque é o piolho?
Ectoparasita. O piolho de cabeça (nome científico Pediculus capitis) é um inseto pequeno, com cerca de 2,5 a 3,0 mm de comprimento, sem asas (nunca) e com três pares de pernas quase do mesmo tamanho. Na ponta das pernas possuem garras para agarrar aos fios do cabelo. Machos, fêmeas e filhotes se alimentam do sangue que sugam da nossa pele (couro cabeludo). São ectoparasitas hematófagos obrigatórios; ou seja, vivem parasitando nossas cabeças, se alimentando de sangue e não fazem outra coisa. A infestação por piolhos é chamada pediculose.


O que são as lêndeas?
São os ovos dos piolhos, que tem formato alongado, com cerca de 0,8mm de comprimento e 0,3 mm de largura. As fêmeas fixam os ovos aos fios de cabelo com uma substância cimentante (seta), próximo ao coro cabeludo. A casca dos ovos (córion) é bastante resistente à penetração de substâncias, como os inseticidas. Após cerca de 7 dias, de cada lêndea eclode uma ninfa de piolho. A casca da lêndea fica então vazia e presa ao cabelo. Então, as lêndeas bem próximas ao couro cabeludo, são em geral ovos vivos, dos quais ainda não eclodiram piolhos. As que estiverem a mais de 1 cm de distância nos fios de cabelo, estão aí há mais tempo. São em geral apenas as cascas dos ovos, ou seja, os piolhos já nasceram.


Como se pega piolho?
A principal forma de transmissão é diretamente de uma cabeça para outra cabeça, pelo contato direto. Essa transmissão ocorre principalmente em ambientes fechados como em salas de aula, nos transportes coletivos. É importante lembrar que o piolho não voa e nem pula. NUNCA ! Outra transmissão bastante possível e menos comum, é por compartilhamento de bonés, enfeites de cabelo, escovas, pentes, fronha... Bem, dizem que nas cidades aonde existem moto-taxis, os capacetes são importantes fontes de infestação.


Os piolhos podem sobreviver fora do seu hospedeiro?
Os piolhos sobrevivem muito pouco tempo fora das cabeças. Ou seja, mal agüentam de um dia para o outro, pois eles precisam se alimentar (de sangue) constantemente. Portanto, não fazem ninhos nos travesseiros e almofadas. Podem ficar nos bonés, tiaras de pano, etc.., mas por pouco tempo. No caso de se fazer estudos e pesquisas existem alguns truques que permitem aos piolhos sobreviver fora do ambiente capilar. Eles podem ser guardados em um lugar aquecido, e têm que ser alimentados praticamente de hora em hora.


Quem tem maior facilidade de pegar piolho?
A prevalência maior é nas crianças em idade escolar. Mas todo mundo está sujeito a pegar o pilho.


O que leva ao diagnóstico da pediculose?
A queixa de coceira no couro cabeludo, principalmente próximo a região da nuca e atrás da orelha são sintomas que levam a procura pela presença de lêndeas e piolhos, cujo achado confirma o diagnóstico. Os piolhos quando picam o couro cabeludo, injetam um pouco de saliva que possui substancias anticoagulantes e anestésicas. Sugam o sangue, e após isso as pessoas sentem a coceira. Em alguns casos a coceira é muito discreta. Algumas pessoas não percebem o incômodo e a infestação pode aumentar. Outras pessoas sentem mais coceira e terminam ferindo a pele, podendo ocasionar infecções secundárias.


Quais os medicamentos usados para combater o piolho?
Hoje existem no mercado diversos produtos à base de substâncias como: Piretróides: são inseticidas sintéticos análogos ao inseticida vegetal piretro, que existe na flor do crisântemo Chrysanthemum cinerariaefolium. Os piretróides possuem atividade ovicida e pediculicida contra P. capitis. Possuem pouca absorção pela pele. Exemplos: Deltametrina e Permetrina. Benzoato de benzila: Dentro do grupo dos acaricidas difenílicos, também pode ser encontrado em algumas plantas. Organoclorados: Lindano-isômero gama do BHC. Esses medicamentos estão saindo do mercado. Não devem ser usados com freqüência e nem preventivamente. Recomenda-se uma orientação médica para cada caso. Evita-los durante a gravidez e amamentação, a não ser que seja sob prescrição médica.


Porque alguns desses medicamentos são desaconselháveis?
O lindano tem a propriedade de se acumular nos tecidos adiposos e circular pelos diversos componentes das cadeias alimentares. Para alguns autores, pode causar ainda irritabilidade, inquietação, nervosismo, insônia e convulsões.


Qual o melhor tratamento para pediculose? 
Piolho não é em geral um problema pessoal. É coletivo.

O tratamento de combate ao piolho deve ser portanto um tratamento coletivo, ou seja, de todo o grupo que mantém contato e que possa estar infestado. Outra coisa importante é o controle mecânico. A melhor forma e a “catação” manual de piolhos e lêndeas com os cabelos úmidos e com creme rinse ou condicionador (facilita a retirada) diariamente, utilizando-se um pente fino (uma lupa ajuda).

Caso seja usado algum medicamento, trate de seguir rigorosamente a recomendação do fabricante. E é importante lembrar que não existe nada milagroso. Vai depender sempre da paciência e dedicação.


Por quanto tempo o tratamento deve ser feito? 
O tratamento adequado - catação manual - deve se estender até o desaparecimento total dos piolhos e lêndeas viáveis.


É verdade que a utilização de areia de praia, secador de cabelo ou prancha (chapinha) acabam com os piolhos? 
É possível que penteando os cabelos com areia fina, por ser abrasiva, ajude a remover as lêndeas, mas deve se avaliar os danos que provocará no cabelo assim como devido ao uso do secador e a chapinha.


A utilização de tintura nos cabelos diminui o risco de pegar piolho? 
Existem fortes indícios sobre isso, mas não há nada comprovado cientificamente.


O que deve ser feito para controlar a reinfestação, ou aumento da infestação? 
- Deve-se evitar lugares fechados, a utilização de escovas e pentes de pessoas com piolho, contato com pessoas infectadas.

- Alertar os responsáveis pelas instituições coletivas (como escolares) responsáveis pelo portador do parasita. Um dos maiores problemas em relação a pediculose é a ocultação da parasitose por preconceito, relacionndo à falta de higiene, o que não é verdade. O piolho se instala e ataca tanto cabeças limpas como sujas. Piolhos não escolhem o tipo de cabelo, mas existem indícios de que algumas pessoas têm maior tendência à infestação.

- Manter os cabelos curtos e limpos, ajuda.

- Evitar se coçar. Se for preciso, colocar luvas de proteção nas crianças afetadas.

- Procurar possíveis portadores. Outras pessoas da convivência podem estar infestadas e não sentirem nada. Assim, servem de fonte de infestação.

- Tratar pessoas de mesmo convívio

- Lavar as escovas e pentes em água quente e sabão por 5 a 10 minutos, não usar em outras pessoas.

- Tratar tiaras, bonés, fronhas etc. Lavar com água quente, secar e passar. Já é o suficiente para matar os piolhos.


Se eu não me infestei novamente, o que pode estar ocasionando a volta dos piolhos?
Um dos fatores que pode estar ocasionando a reinfestação é a resistência do Pediculus capitis aos inseticidas usuais. Uma resposta insuficiente ao tratamento pode também ser devida a má técnica empregada ou à falta de repetição do medicamento em tempo hábil.


Existe algum medicamento preventivo para evitar a infestação?
Não existe nenhum medicamento preventivo para a pediculose, a única maneira é mesmo fazer a catação manual e evitar estar em contato com pessoas com o parasita.


Como eu acabo com os piolhos e lêndeas utilizando remédios caseiros?
A melhor maneira é ‘retirar’ a infestação, passando o pente fino nos cabelos molhados e tratados com condicionador (creme rinse). Você pode usar também azeite de oliva antes de dormir e fazer uma touca. Pela manhã, bastante xampú, condicionador e pente fino.
- A tradição diz que solução morna de vinagre, ajuda a remoção das lêndeas. NÃO ! é importante dizer que isso não se comprovou científicamente. Ou seja, não vai melhorar nada. Vai arder o couro cabeludo, pois o vinagre é ácido, e sua cabeça vai ficar fedida. Portanto, melhor esquecer a ‘tradição’.


Quais efeitos colaterais causados pelos piretróides sintéticos?
Algumas reações ocasionais ou raras como prurido, rubor, inchaço, queimação, dormência e ardor. Lembrar que eles são inseticidas, tóxicos. Passar piretróide no couro cabeludo, já irritado pela coceira, pode realmente trazer um grande desconforto.


Quais os cuidados devo ter com os medicamentos?
Não recomendamos os tratamentos que são de via oral. Os pediculicidas na forma de loção ou xampú são destinados ao uso tópico, sobre a pele (uso externo), e não devem portanto nunca ser ingeridos. São inseticidas, e vão produzir intoxicações se ingeridos. Essas loções e xampús não devem ser aplicadas no rosto, olhos e mucosas. E nem no couro cabeludo, se estiver com muitas feridas. Não devem continuar seu uso em caso de alergia a algum dos componentes da fórmula.
  
  

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